terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Queima de Gordura "Teimosa"

Hoje para terminar o tema de gorduras, como nos últimos dois posts, vou mostrar como podemos lutar com a gordura da parte inferior da barriga, costas e laterais. E explicar porque os métodos habituais não funcionam e como nos devemos livrar corretamente da “teimosa" gordura.


 
O que fazer para acabar com a gordura da barriga e laterais?
O primeiro artigo desta série de ‘guerra’ à gordura foi dedicado ao combate à barriga saliente e à gordura visceral (post aqui) e o segundo à estratégia para perder gordura subcutânea (ver post aqui). Já no presente artigo iremos, finalmente, nos dedicar à assim chamada gordura “teimosa”.
Até 1994 acreditava-se haver só um tipo de gordura subcutânea e toda literatura médica até esse ano confirmam isto. De acordo com essa teoria, não havia diferença em qual gordura se combatia: se a gordura da barriga e dos lados ou outra gordura qualquer.

 
Gordura das áreas problemáticas
Novos estudos mostraram que, em primeiro lugar, diferentes partes do corpo armazenam diferentes tipos de gordura (ácidos gordos saturados ou insaturados) e, em segundo lugar, a resposta desses tipos de gordura a hormonas e ao treino também difere.
Acontece que a gordura da parte inferior da barriga e das costas dos homens é muito parecida por sua estrutura com a gordura do quadril das mulheres e ela difere de qualquer outra gordura subcutânea armazenada pelo organismo. Em poucas palavras: é precisamente aqui que está a causa das “partes problemáticas”.
 
 
 
 
Diferença hormonal
A gordura visceral reage pouco à insulina, mas reage à adrenalina, que permite “derretê-la” com cardiovasculares independentemente de dietas. A queima da gordura subcutânea comum fica bloqueada na presença de insulina, por isso é necessário não só treino de cardio mas também de dieta.
A gordura subcutânea “teimosa” responde bem à insulina mas mal à adrenalina — mesmo se diminuirmos o nível de insulina com uma dieta pobre em carboidratos e aumentar o nível de adrenalina com cardio, essa gordura não será queimada.
 
Influência da adrenalina na queima de gordura
Na gordura subcutânea comum a adrenalina melhora a vascularização, acelerando a queima dessa gordura. Mas no caso da gordura “teimosa”, a adrenalina, pelo contrário, diminui a circulação sanguínea e é precisamente por isso que muitos sentem a barriga fria durante os exercícios cardiovasculares.
A adrenalina permite, literalmente, que a gordura seja queimada, ativando a saída dos ácidos gordos livres (AGL) das células adiposas. Mas, em primeiro lugar, esse processo é bloqueado na presença de insulina, e em segundo, na gordura “teimosa” a adrenalina bloqueia a saída dos AGL.
 
 
Como perder gordura da barriga?
Estudos mostraram que por volta do segundo ou terceiro dia de dieta o metabolismo muda e os receptores da gordura “teimosa” sensíveis à ação da adrenalina desligam, permitindo queimá-la com carga de cardio ou qualquer outra.
Também se descobriu que uma dieta com uma quantidade média de carboidratos (50-60 g. por dia) ativa no organismo muitos dos processos ativados na forme e leva à neutralização desses receptores. O corpo começa a queimar a gordura “teimosa” com a limitação de calorias e a ingestão controlada de gorduras.

 
Por que é difícil combater a gordura?
Como já foi mencionado, quanto mais magro estiver, mais difícil se torna combater a gordura, já que o corpo se irá opor à perda dela a todo custo. No caso da gordura “teimosa”, ele irá preferir consumir primeiro os músculos e só depois recorre às reservas de gordura.
É exatamente por isso que as tentativas habituais para queimar a gordura da parte inferior da barriga acabam em perda de uma grande quantidade de massa muscular. A saída é uma só: dietas cíclicas que minimizam a perda de músculo durante o ciclo de diminuição de calorias.

 
Dieta cíclica para emagrecer
A essência da dieta cíclica é a seguinte: nos primeiros quatro dias limite bruscamente as calorias, limitando os carboidratos e gorduras a 50 g diárias e combine tudo isso com treino intensivo de cardio. Nos três dias seguintes alimente-se bastante e faça treinos para o aumento de massa.
Mas antes de iniciar esta dieta, tente todos os passos anteriores: cardio para uma barriga chapada, limitar as calorias, contar a ingestão de carboidratos, gorduras etc. Esta dieta é mais complicada de seguir, por isso, se os outros métodos mais simples funcionarem, o melhor mesmo é recorrer a eles.
A estratégia de luta com a gordura “teimosa” nas áreas corporais mais problemáticas é a dieta cíclica, que permite não se perder massa muscular. Mas antes de seguir esta dieta, recomenda-se no mínimo duas semanas de uma dieta comum com redução de calorias em 15-20%.

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