sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Porque nós estamos a ficar mais gordos?

Pois é, para além de comermos mais hoje em dia que há uns anos atrás devido à facilidade da sociedade em comprar alimentos de certa forma acessíveis a todos nós, os alimentos em si estão cada vez mais calóricos, sendo os alimentos mais baratos os que contém um maior número calórico!!
Um simples hambúrguer tinha apenas 204 calorias, hoje está com 904! Como se não bastasse, normalmente vem acompanhado de uma tripla camada de carne, maionese, um enorme pacote de batatas fritas sem falar nos refrigerantes!
Os baldes de pipoca com doses extras de manteiga chegam a 1700 calorias!! Nos anos 50 eles não chegavam a 174 calorias!
Os copos de refrigerantes estão cada vez maiores e os gelados então nem se fala... As barras de chocolate cresceram em 300%!!
Como se não bastasse, o sedentarismo é um problema para a maioria das pessoas. Hoje em dia temos mais carros, escadas rolantes e elevadores, que facilitam o nosso meio de transporte e também economizam o esforço físico.
 
Infelizmente o estilo de vida do ser humano mudou muito ao longo dos tempos, mas o nosso cérebro ainda é o mesmo daquele sujeito das cavernas que precisava matar um animal por dia para se alimenta e nunca sabia se ia ter o que comer no dia seguinte. Por isso, quando conseguia comida, fartava-se até não mais poder!
Com o desenvolvimento da tecnologia e o aparecimento dos frigoríficos e congeladores, do sofá e do automóvel, entre outras comodidades, porém, ficou ainda mais difícil gastar toda a energia consumida e, como consequência, as silhuetas mudaram-se completamente.
 
 
No fundo, a culpa é da evolução e, do ponto de vista prático, do indivíduo preguiçoso que não tem o ânimo necessário para se exercitar ou disciplina suficiente para fechar a boca.
Além disso, a indústria alimentícia mudou completamente a forma como processa os alimentos e os seus ingredientes, além das quantidades adicionadas de químicos, açucar, sal e gordura que muitas vezes não percebemos.
Existe um livro do autor Michael Moss que apresenta os resultados de uma longa investigação jornalística que mostra como a grande indústria alimentícia manipula com primazia as quantidades de sal, de açúcar e de gordura em seus produtos para que os consumidores comam mais do que necessitam.
 
Nada disso seria possível sem os avanços notáveis de uma ciência pouco badalada – a engenharia de alimentos – que se sucederam nos últimos 30 anos longe dos olhos do público, frequentemente sob sigilo industrial, nos laboratórios das próprias empresas manipulando as quantidades de ingredientes que podem vir a ser a causa dos nossos quilos a mais.
 
Um senhor chamando Moss entrevistou diversos autores destes avanços, alguns aposentados, outros ainda no ativo. Um deles foi quem descobriu o “ponto da felicidade” (bliss point), isto é, a quantidade precisa de açúcar presente num alimento ou numa bebida – nem mais nem menos – capaz de evocar o prazer máximo no cérebro de quem a consome. E ISTO É MUITO GRAVE!
 
 
Já se sentou a pensar que existem razões científicas para justificar o prazer de beber Coca-Cola? Portanto repense em tudo aquilo que tem ingerido até agora... não vai querer mudar essa atitude?

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