segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A dieta e o nosso organismo

A maioria das pessoas concentram os seus grandes objetivos para o novo ano que se avizinha, mas hoje pergunto-vos, porquê esperar o próximo ano 2014 para o qual certamente já tem algumas promessas em mente, como fazer dieta e começar a fazer exercício físico?? Lute contra tudo e todos, e não deixe para amanhã o que pode começar hoje!

 

Hoje vou abordar a questão: Fazer dieta!!
A ciência têm feito imensos e diversos estudos sobre as dietas e a vontade de comer gorduras e açúcares, e a maioria da conclusão é que quando se está a pensar em iniciar uma dieta o primeiro passo é vencer o nosso cérebro! Pois ele é o responsável por nós preferirmos doces, comidas gordurosas, refrigerantes ao invés de saladas, arroz, feijão e sucos. A explicação segundo os estudos é porque toda vez que nós comemos algo com bastante gordura e/ou açúcar o cérebro recompensa-nos com doses de DOPAMINA, uma substância inebriante do prazer.



 
Este comportamento do nosso cérebro não começou agora, nós herdamos isso dos nossos ancestrais (curiosidade: todos os mamífero têm esse mecanismos). Esse "vicio" do cérebro em comidas gordurosas começou no homem, mais ou menos há 200 mil anos a.C, onde não era todo dia que se tinha uma gazela para se caçar e comer. E, quando aparecia algum alimento, comíam mais do que precisávam, e o alimento em excesso era "reservado" no nosso organismo em forma de gordura, principalmente na barriga e quadris, uma forma de defesa do organismo para ter do que se alimentar na época de gazelas magras.
 
Para comer mais do que precisamos o organismo utilizava, e utiliza até hoje, um sistema muito inteligente, recompensava-nos com doses de DOPAMINA todas as vezes que comíamos algo de fácil absorção e que fosse fácil de reserva, como a gordura animal.
 
Estudos realizados com ratos no Scripps Research Institute, nos EUA, comprovou que essas doses de prazer, dopamina, libertada pelo cérebro quando comemos é igual ao que acontece com os usuários de drogas como a crack. No estudo durante 40 dias um grupo de ratos foi alimentado com comidas calóricas como bacon, comidas congeladas e doces, o outro grupo foi alimentado com ração normal. O grupo das comidas calóricas desenvolveu resistência à dopamina e para ter doses maiores de prazer comiam mais para se ter a mesma sensação que tinham no início da dieta. Com usuários de drogas acontece a mesma coisa.
 
O famoso ditado “comer com os olhos” também foi comprovado noutro estudo onde compararam as imagens do cérebro de pessoas compulsivas por comida e obeso não compulsivo. Os do primeiro grupo ao sentir o cheiro ou ver a comida favorita já tinham uma descarga grande de dopamina no organismo. Está ai a pista do porquê de algumas pessoas se contentarem com uma bola de gelado e outra com uma caixa inteira, por culpa dessa descarga eles criam a resistência e precisam de mais alimento para sentir o prazer ao comer.
 


Os alimentos e nosso organismo

Todos nós sabemos que comemos não apenas por necessidade de repor os nutrientes gastos durante o dia, mas também por uma necessidade de prazer e de um organismo viciado em dopamina.
Para tentar "fintar" esse vício do cérebro, consumimos alimentos lights e adoçantes industrializados. Só que não é fácil enganar o cérebro com esses tipos de alimentos. Os doces disfarçados podem enganar o paladar, mas não ao cérebro que prepara o organismo da mesma forma para digerir os alimentos, aumentando a salivação e a insulina no nosso organismo.
Os alimentos light/diet são recomendados para pessoas com problemas de Diabetes, pois tem uma menor concentração de açúcar, só que contem uma alta concentração de sal, que em excesso no nosso organismo pode causar aumentar o volume sanguíneo, pois, as moléculas de sódio atraem para si as moléculas de água, causando hipertensão arterial. Sem falar nos estudos revelam que quem consome alimentos diet tendem a comer mais!!!
 
Num estudo realizado na Universidade Purdue, EUA, os cientistas separam dois grupos de ratos. O primeiro grupo alimentou-se de iogurte normal e o segundo de iogurte diet, logo após consumir o iogurte, os ratos foram liberados para comer um saboroso pudim de chocolate, assim que acabaram de comer foram liberados novamente para comer o iogurte. O grupo que consumiu iogurte diet, literalmente devorou novamente o iogurte já o grupo do iogurte normal comeu muito menos.
A explicação é que o mecanismo de recompensa do cérebro é muito bom e como ao invés de vir um alimento calórico vem um magrinho, o organismo não liberta a dopamina, levando o organismo a pedir algo mais calórico para suprir a necessidade da sensação de prazer, e se essa necessidade por dopamina, não for suprida….o organismo diminui o ritmo e armazena a gordura consumida…O que dá vontade de perguntar é, como perder essa gordura?
Os cientistas têm algumas dicas que podem ajudar a enganar o nosso cérebro e comer menos.
Num estudo realizado com 300 estudantes americanos, observou-se que quando dividimos o alimento em pequenas porções conseguimos enganar o cérebro e comer menos, isso porque o alimento dividido causa uma ilusão de ótica, e a sensação de saciedade é maior, pois tendemos a comer mais devagar dando tempo para o cérebro entender que a quantidade ingerida já foi suficiente para suprir as necessidade energéticas do organismo, e assim não entra no ciclo vicioso da dopamina.
Uma outra pesquisa mostrou que os alimentos termogénicos, como pimenta, gengibre e canela, aumentam a sensação de saciedade, ajudam na queima de gordura (aumentada em 16%) e melhoram a saúde, isso porque aumentam o metabolismo basal levando o corpo a queimar mais calorias em repouso. Alimentos ricos em gorduras boas, omega3, como a castanha podem aumentar a sensação de saciedade em até 90min a mais do que fazer um lanche rico em carboidratos, por exemplo, o pão integral com queijo cottage.
 
Com estes estudos e pesquisas podemos concluir que para se obter sucesso na dieta o mais importante é ter força de vontade e muita dedicação.

Sem comentários:

Enviar um comentário